TRABALHADORES DISCUTEM FUTURO E TRAÇAM ESTRATEGIAS.

O encontro foi promovido pela CNTTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres e pela ITF - Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes

Mário e Machado compõe a diretoria da FNTF – Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários e estiveram acompanhados no evento pelo presidente da federação Francisco Felício e pelos diretores Eros Luiz Kolesky, João Callegari e José Claudinei Messias.

Os temas abordados foram da avaliação das capacidades sindicais, passando pelos direitos trabalhistas, greves, sustentabilidade financeira sindical, sistema confederativo, culminando no tema central que eram as eleições 2022.

Os trabalhadores em transportes por aplicativo receberam especial atenção uma vez que desprotegidos da legislação, lutam por tais garantias. As “empresas” de aplicativo além de sugar o trabalhador não recolhem impostos para o país.

Palestrantes com longa experiência sindical fizeram uso da palavra para instigar uma maior participação feminina no movimento sindical e fomentar a discussão sobre os rumos do país nas mãos do atual Presidente da República e seu projeto neoliberal de destruição das instituições democráticas.

Nomes de peso como Jaime Bueno Aguiar, Valdir de Souza Pestana, Epitácio Antônio dos Santos, Wagner Barbosa e Emiliano Addisi se posicionaram de forma uníssona a chamar o voto no ex presidente Luís Inácio Lula da Silva como única alternativa viável para o movimento sindical brasileiro – porém não dá só pra eleger o presidente mais atento aos sindicatos, temos que eleger uma bancada de trabalhadores.

Pontuaram ser Lula o candidato do movimento sindical uma vez ser aquele que nos ouve, nos recebe e encampa nossas lutas.

Acrescentaram que o sindicalismo e os sindicalistas não podem sofrer com a falta de consciência de classe e devem respeitar o legado de Lula não só como presidente, mas como brasileiro.

O Fora Bolsonaro esteve também na pauta, assim como não faltaram críticas ao governo Dilma.

“Dilma sabe exatamente porque o movimento sindical a abandonou” – pontuou Pestana em sua fala, no entanto ainda assim ela sempre será muito melhor que o atual mandatário do Brasil.

“A organização sindical no mundo é a saída para a classe trabalhadora e a forma de manter e ampliar as conquistas históricas – classificou Wagner Barbosa, coordenador nacional da ITF.

Os sindicatos devem permanecer unidos, inclusive na esfera internacional e mobilizados no Brasil em torno do nome do ex presidente Lula, porém ele não será eterno e, portanto, devemos encontrar novos caminhos e lideranças” – alfinetou Emiliano Addisi da ITF.

A menção de que a greve não é palavrão e nunca será também foi muito festejada pelos participantes, em que pese ter sobrado críticas para a lei de greve, que na análise de sindicalistas e advogados militantes do movimento - “É uma lei criada para que não haja greve, pois greve sendo um meio de defesa do trabalhador, não deve passar por regulação alguma”.

No contraponto e ainda em alusão a greve, apontaram os causídicos que é em tempos de paz que se negocia os termos da “guerra” e assim a greve e seus termos devem figurar como pauta dos sindicatos no início das negociações salariais, seja como cláusula de acordo coletivo ou mesmo de ata de negociação.

Por fim, o recado que fica é que devemos lutar por manter nosso lugar de fala e representar condignamente os trabalhadores sem nos esquecermos de nossas prerrogativas, objetivos e erros que possibilitaram a mal fadada reforma trabalhista implementada a toque de caixa e sem reação por parte do movimento sindical.