Publicado em: 08/03/2019 |
A América Latina Logística (ALL) recebeu mais uma decisão contrária a mono condução. Agora a justiça proibiu a empresa de circular seus trens em sistema em sistema de mono-condução, em julgamento a 20ª Vara do Trabalho de Curitiba, que não poderá fazer trafegar trens comandados por apenas um maquinista, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia para cada trem em desacordo com a sentença. A mono-condução, ou seja, condução por um único maquinista gera riscos e eleva a probabilidade de acidentes, pois sozinho o operador não dá conta de toda a composição. Os sindicatos ferroviários tentam proibir a prática desde 2001, alegando ser a causa de uma série de acidentes, solicitaram ao Ministério Público do trabalho a abertura de investigação e contrataram um perito para elaborar laudo técnico que embasou todo o processo defendido por eles.
Ao conduzir sozinho um trem, o maquinista sente-se sobrecarregado, principalmente ao trafegar em área urbana. Assim, no caso de Curitiba, a liminar aumenta a segurança principalmente nos bairros cortados pela linha férrea. Outro aspecto favorável é a abertura de vagas, já que a concessionária terá de contratar maquinistas. Para a ALL, a presença do ajudante de maquinista é mero enfeite, uma vez que ele não é habilitado a conduzir os trens.
“Esta é a hora das empresas ferroviárias colocarem dois maquinistas, assim teriam duas pessoas habilitadas, além de ter um operador com quem poderá dividir a condução e ter sua jornada aliviada um pouco mais, pois as jornadas chegam a 14, 16, 18 horas ou mais em alguns casos, tendo um repouso máximo de 10 horas contínuas, um absurdo”, disse o presidente do Sindicato da Mogiana, Paulo Francisco.